Os
representantes de centrais sindicais saíram com posições divergentes da reunião
com a presidenta Dilma Rousseff para tratar da pauta de reivindicações dos
trabalhadores, entre elas a redução da jornada de trabalho sem redução de
salários e o fim do fator previdenciário. As centrais se reuniram ontem (6) com
a presidenta da República após uma marcha de trabalhadores pela Esplanada dos
Ministérios.
Para
o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, a
reunião foi positiva pelo compromisso do governo em abrir a negociação das questões levantadas
pelos trabalhadores. “Está oficialmente aberta a negociação com o governo. Ela
[Dilma] nos deu garantia de negociação em torno desses temas. Provavelmente
teremos resultado até o dia 1° de maio [Dia do Trabalho]”, disse.
Segundo Freitas, a presidenta considera “difíceis” temas como
o fim do setor previdenciário, mas acredita na possibilidade de acordos durante
a negociação entre governo e centrais.
O presidente da CUT, também comemorou a assinatura do decreto
que internaliza a Convenção 151 da Organização Internacional do Trabalho (OIT),
que estabelece o princípio da negociação coletiva para trabalhadores do setor
público. Com o decreto, o governo pode começar a discutir a regulamentação da
convenção.
Ao contrário de Freitas, o presidente da Força Sindical,
deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força, saiu pessimista do
encontro com a presidenta. Segundo ele, as centrais receberam apenas promessas
de negociação, mas sem resultados práticos, como o agendamento de nova reuniões
com o governo.
“Não saio com esse otimismo da CUT, até porque o governo está
com pouco crédito com a Força Sindical. Os principais problemas não foram
resolvidos e só tem uma promessa de resolver, promessa de marcar mais um grupo
de trabalho. A reunião teve alguns pequenos avanços, no demais ela fez um
balanço positivo da política econômica do governo”, disse.
Fonte:
Agência Brasil
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