segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

Novo programa de demissão serve para manchar imagem da Caixa, critica sindicato

Em menos de um ano, governo Temer lança terceiro PDV na estatal, que tem como meta a demissão de 10 mil funcionários

A Caixa Econômica Federal lança nesta quinta-feira (1º) mais um programa de demissão voluntária (PDV), tentando reduzir o quadro de empregados do banco estatal. Em 2017, dois planos foram colocados em prática, mas não atingiram a meta estabelecida pelo Palácio do Planalto. Sindicatos da categoria bancária e representações dos trabalhadores criticam a ação e denunciam que o objetivo é enfraquecer a estatal.

Em março do ano passado, foram 4.600 adesões, e mais 2.600 em agosto. O número total de empregados que deixaram o banco frustrou o governo Temer, que tinha a meta de 10 mil demissões. Com o terceiro PDV em menos de um ano, o governo tenta mais uma vez alcançar o objetivo.

As saídas no ano passado criaram uma série de transtornos aos usuários da Caixa, identificadas pelos sindicatos e entidades dos empregados, como aumento no tempo de espera para acesso aos serviços do banco e, principalmente, "manchar a imagem" da instituição para justificar sua privatização.

"O fechamento de agências e postos de trabalho, os programas sociais sendo sucateados para que os bancos privados possam tomar conta disso. É uma estratégia ampla para tirar, por exemplo, o Fundo de Garantia e o Programa de Integração Social (PIS) da Caixa", critica o presidente do Sindicato dos Bancários de Brasília, Eduardo Araújo, em entrevista ao repórter Uélson Kalinovski, da TVT.

"No dia 15 faremos uma assembleia para defender o patrimônio público e lutar contra a reforma da Previdência. Se não fizermos nada, vão entregar tudo", acrescenta Araújo, acenando com possibilidade de os empregados irem à greve para defender a manutenção da Caixa como banco público.
Fonte: Rede Brasil Atual

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