sexta-feira, 9 de agosto de 2019

Vem aí a nova CPMF, fantasiada de reforma tributária

A engenharia retórica para aumentar a carga tributária dos mais pobres e aliviar a dos mais ricos segue sua sina tecnocrata de sempre subscrita nos governos impopulares e conservadores brasileiros. Paulo Guedes irá apresentar uma reforma tributária com um "tripé" formado por reforma do IR (Imposto de Renda), imposto único sobre consumo e serviços e contribuição previdenciária sobre movimentações financeiras.

A previsível proeminência do mercado financeiro fica clara com aquilo que não se diz: "em relação aos dois últimos, uma lei complementar vai definir qual o peso de cada um, que deverão se equilibrar de forma a manter a soma das duas arrecadações em um determinado nível."

Explícita ainda fica a participação direta do mercado na confecção da proposta: "detalhes sobre a reforma tributária do governo Jair Bolsonaro (PSL) foram apresentados pelo secretário da Receita Federal, Marcos Cintra, durante evento sobre cenários econômicos, em São Paulo, promovido pelo Banco BTG Pactual nesta quinta-feira (7)."

A reportagem do jornal Folha de S. Paulo ainda destaca que "a reforma do IRPF( Imposto de Renda Pessoa Física) inclui a correção da tabela, mas de forma “muito lenta e gradual”, segundo o secretário. Também serão revistas algumas deduções que o governo considera com baixo efeito distributivo."

O secretário da Receita Federal, Marcos Cintra, ainda diz: “A CPMF é sempre trazida à tona como se fosse o modelo que o governo está tentando reviver. A Contribuição Previdenciária está para a CPMF da mesma forma que o IVA está para o ICMS. É a mesma coisa. São da mesma espécie. Só que um foi mal implantado, deformado e cheio de distorções. Propomos um sistema eficiente, transparente e neutro.”
Fonte: Brasil247

Nenhum comentário:

Postar um comentário