quinta-feira, 5 de março de 2020

Flávio Dino defende em debate frente popular de democrática

Trabalhadores de mais de 40 categorias profissionais lotaram o auditório do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo durante palestra de Flávio Dino, governador do Maranhão (PCdoB). Ele abriu o ciclo “O Brasil que queremos”, pelo qual a Força Sindical debaterá com personalidades da política e da economia meios de somar forças em defesa da democracia e em busca da retomada do desenvolvimento.

Flávio Dino foi advogado trabalhista, atuou também na Magistratura e governa o Estado pela segunda vez. Seu governo investe pesado na Educação, na contramão do modelo neoliberal. “Já construímos 900 escolas e pagamos o maior Piso para o professor no País. Falavam que quebraríamos o Estado, mas isso não aconteceu”, disse na mesa com a presença da Força Sindical, CUT, CTB, Nova Central, CSB, CGTB, Federações e Sindicatos.

Democracia - O governador maranhense aponta riscos à democracia e defende frente ampla, “antes e independentemente do processo eleitoral”. Para Dino, o governo Bolsonaro ameaça as conquistas democráticas e tenta impor um governo fechado em seu círculo pessoal e familiar. “Quando da ditadura, foi a formação de uma frente ampla e popular que nos ajudou a reconquistar a democracia e, depois, muitos direitos trabalhistas e sociais”, afirma.

Enquanto governador da região Nordeste, onde têm havido movimentos de policiais armados, Dino põe o dedo na ferida e critica Bolsonaro: “O presidente da República, infelizmente, alimenta motins contra a legalidade, ainda que pra isso se apoie em policiais militares insubordinados e setores milicianos”.

Direitos - Para Flávio Dino, o retorno das forças progressistas ao governo central recolocará na agenda a questão trabalhista. “Essa reforma trabalhista e sindical precisa ser revogada”, defende. O governador voltou a reforçar o papel do sindicalismo. Ele diz: "Sindicato forte protege o trabalho e melhora a renda do trabalhador”.

Estado - Uma Nação não para em pé sem Estado forte e organizado. “Hoje, um norte-americano portador do coronavírus gastará de cinco e seis mil dólares pra se tratar. No Brasil, é sem custo, porque o SUS, mantido pelo Estado, garante o tratamento”, comenta.

Centrais - Miguel Torres, presidente da Força Sindical, anunciou a continuidade dos debates e enfatizou a defesa do regime democrático. Já Antônio Neto, da CSB, lamentou a fragilidade da economia nacional, especialmente da indústria. “A CNI corre o risco de se chamar Confederação Nacional dos Importadores”, ironizou.
Fonte: Agência Sindical

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