sexta-feira, 5 de fevereiro de 2021

Paulo Guedes usa auxílio emergencial como moeda de troca para aprovação de reformas

 Em encontro com Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, Guedes atrelou a retomada do auxílio emergencial para 32 milhões de brasileiros a "um novo marco fiscal"


Em encontro com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), o ministro da Economia, Paulo Guedes, aventou a possibilidade de voltar a pagar auxílio emergencial para metade dos beneficiários – cerca de 32 milhões dos 64 milhões de brasileiros.


A proposta, no entanto, foi negociada como moeda de troca à aprovação das reformas tributária e administrativa, que foram colocadas como pautas prioritárias por Jair Bolsonaro aos novos presidentes do Senado e da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).


“Temos como orçamentar ajuda, desde que seja dentro de um novo marco fiscal, robusto o suficiente para enfrentar desequilíbrios”, afirmou Guedes.


O ministro da Economia sinalizou que, para isso, o Congresso tem que acionar o “estado de calamidade”.


“Se o Congresso aciona o estado de calamidade, temos condição de reagir rapidamente. Mas é muito importante que seja dentro de um quadro de recuperação das finanças. Estamos preparados para fazer as coisas dentro das proporções”, enfatizou.


Guedes tem defendido a criação de uma “cláusula de calamidade” a ser incluída na Proposta de Emenda Constitucional (PEC) do pacto federativo. O Conselho Fiscal da República, a ser criado, poderia nesse caso suspender as limitações das atuais regras fiscais ao aumento de gastos.


Reforma tributária

Em contrapartida, Pacheco prometeu entregar a reforma tributário “no menor prazo possível”. ““Vamos entregar em 2021 a reforma tributária, no menor prazo possível”.


Pelas redes sociais, o senador confirmou que a votação “das reformas” esteve na pauta de conversas com o ministro.


“Discuti com o ministro da Economia, Paulo Guedes, as tratativas entre os poderes Legislativo e Executivo para a retomada do crescimento econômico, com a votação das reformas, e a garantia de uma rede de apoio social, com medidas de auxílio emergencial para os mais vulneráveis”, afirmou Pacheco.

Fonte: RevistaForum

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