quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Risco de apagões é bem maior, alertam sindicalistas

Sindicalistas paranaenses do setor elétrico brasileiro já haviam alertado o governo federal  sobre o risco de apagões em todo país. Dessa vez  foram mais de 6 milhões de brasileiros, em 11 estados que ficaram às escuras na terça-feira, (04-02). Mas o risco de apagões é bem maior do que é divulgado pelo Operador Nacional do Sistema.
No ano passado os sindicalistas Paulo Sérgio dos Santos, presidente do SINDELPAR -Sindicato dos Eletricitários do Estado do Paraná ( filiado à UGT- União Geral dos Trabalhadores) e Alexandre Donizete Martins, presidente do SINDENEL -Sindicato dos Eletricitários de Curitiba (filiado à UGT), estiveram em Brasília com o ministro das Minas e Energia, Edison Lobão. Na oportunidade os dirigentes sindicais e da UGT, falaram ao ministro sobre a falta de investimentos no setor elétrico brasileiro e os riscos de apagões generalizados em todo país.

  
O presidente do SINDELPAR, Paulo Sérgio quer ações do governo a curto prazo 

“O governo federal precisa investir na renovação de profissionais qualificados.  A FENATEMA (Federação Nacional dos Trabalhadores em Energia, Água e Meio Ambiente) chegou a  ingressar com uma ADIN (Ação Direta de Inconstitucionalidade), contra o governo, denunciando a precarização do setor elétrico”, diz Paulo Sérgio. Para o sindicalista, de nada adianta o Brasil ter um grande potencial gerador de energia se a rede de distribuição não recebe a devida manutenção, principalmente pela  falta de profissionais devidamente treinados e capacitados. “O governo precisa parar de pensar a médio e longo prazo e passar a agir a curto prazo, senão esses apagões irão acontecer com maior frequência”, alertou Paulo Sérgio.


Alexandre Donizete, presidente do SINDENEL alerta para a necessidade de um número maior de profissionais no setor de transmissão de energia 

Por sua vez o presidente do SINDENEL, Alexandre Donizete, lembrou que em todos os encontros com o ministro Lobão os dirigentes sindicais mostraram-se preocupados com a falta de investimentos na renovação do quadro funcional  do setor elétrico. “ Nós vivenciamos essa precarização no dia a dia de trabalho; trabalhadores se aposentam; profissionais qualificados são arrebanhados pela iniciativa privada que oferece melhores salários; e mesmo com o horário de verão,  houve um aumento no consumo de energia.  Com isso há sobrecarga de trabalho e o que é pior, o tempo de resposta entre o apagão e a retomada de distribuição acaba sendo maior”, diz  Alexandre Donizete. O dirigente sindical destaca que o governo federal precisa pensar com a mentalidade gestora do Século XXI. “ Somos mais de 200 milhões de brasileiros condicionados constantemente  pela propaganda indiscriminada  ao consumo de produtos elétrico/eletrônicos e que, com certeza, passam a utilizar de uma quantidade maior de energia elétrica. O governo tem de estar preparado para essa demanda que é cada dia mais elevada. Para o Brasil ingressar de fato nesse novo século, é preciso investimentos em profissionais, treinamentos, qualificação  e infra estrutura, pois as variações climáticas não servem mais como desculpas para os apagões”, conclui Alexandre Donizete.


Data: 06-02-2014 | Publicado por: UGT - Paraná

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