Em solidariedade ao Amapá, que passa por um apagão em 13 dos 16 municípios do estado, as centrais sindicais emitiram uma nota exigindo providências contra a empresa responsável pela situação.
“Exigimos rigor nas apurações do caso e sobre a responsabilidade da empresa privada Isolux!”, diz o texto. Quase 90% da população (cerca de 765 mil pessoas) está há 60 horas sem energia elétrica.
Mesmo com o início do trabalho de reparo na subestação atingida por um incêndio, na noite da terça-feira (3), ainda não houve restabelecimento do serviço. A deputada federal deputada Professora Marcivania (PCdoB-AP) publicou em seu Instagram que está exigindo providência urgentes.
Leia a íntegra da nota das centrais sindicais:
Solidariedade à população do Amapá
Exigimos rigor nas apurações do caso e sobre a responsabilidade da empresa privada Isolux!
Saudamos os técnicos da empresa pública Eletrobrás que atuam para resolver o problema!
A população de 13 dos 16 municípios do Estado do Amapá foi atingida por um apagão no fornecimento de energia elétrica pela empresa privada espanhola Isolux desde o dia 3 de novembro. A incidência de raios foram apontados como a causa da tragédia que atinge mais de 90% da população do Estado, cuja população é de cerca de 750 mil pessoas.
Mas este não é só um caso de incompetência de uma empresa privada. Trata-se de um exemplo do valor e da necessidade das nossas empresas públicas, que Bolsonaro e Guedes tanto querem vender.
Assim é fácil: a empresa privada opera, ganha os lucros, corta custos, investimentos, reduz segurança e proteção. Na hora da tragédia, os desinvestimentos aparecem, o setor e a empresa pública são acionados e o Estado chamado a financiar os custos e mobilizar, com atraso, os planos de contingência que deveriam ser imediatos. Foi o que ocorreu nas tragédias criminosas da Vale em Minas Gerais, que jamais nos esqueceremos.
Manifestamos nossa solidariedade ao povo do Amapá e solicitamos às nossas organizações sindicais locais e regionais o máximo empenho na adoção de medidas concretas de ajuda ao povo da região.
Esperamos que o sofrimento da população seja amenizado com respostas mais rápidas. Atuemos para que as nossas empresas públicas e seus competentes trabalhadores e trabalhadoras sejam reconhecidos como um patrimônio da nação que oferecem serviço público de qualidade e com segurança.
São Paulo, 07 de novembro de 2020.
Sérgio Nobre – presidente da Central Única dos Trabalhadores – CUT
Miguel Eduardo Torres – presidente da Força Sindical – FS
Ricardo Patah – presidente da União Geral dos Trabalhadores – UGT
Adilson Gonçalves de Araújo – presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil – CTB
José Avelino Pereira – presidente da Central dos Sindicatos Brasileiros – CSB
José Calixto Ramos – presidente da Nova Central Sindical de Trabalhadores – NCST
Fonte: Portal Vermelho
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