segunda-feira, 22 de março de 2021

‘Para vencer Bolsonaro, esquerda precisa estar junto do centro’, diz Flávio Dino sobre 2022

 Governador do Maranhão avalia que João Doria, Eduardo Leite, Luciano Huck e Luiz Henrique Mandetta podem ser aliados da esquerda em eventual segundo turno


O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), voltou a afirmar que a esquerda deve se aliar ao centro na eleição presidencial de 2022 para garantir a vitória contra Jair Bolsonaro, que deve disputar a reeleição. Ele afirma que uma possível candidatura do ex-presidente Lula, que teve as suas condenações na Lava Jato anuladas, não seria um obstáculo para essa união.


“Reafirmo que esse movimento de ampliação, no sentido de falarmos para além da esquerda, é imperativo. Para vencer Bolsonaro é preciso que nós façamos isso. E não vejo o Lula como obstáculo. Em primeiro lugar, porque ele já fez isso em 2002, quando se elegeu presidente com o José Alencar de vice, um empresário liberal que representava um sindicato patronal. E, segundo, porque já mostrou estar disposto a construir um projeto de nação que olhe para o futuro mais do que para o passado”, afirmou o governador, em entrevista ao jornal Estado de S.Paulo.


“O Brasil de 2022 não é igual ao Brasil de 2002, e espero que possamos estar juntos com o centro democrático para vencer a eleição. Se não der no primeiro turno, que seja no segundo”, completou Dino.


Entre os nomes que, segundo Dino, podem se aliar à esquerda num eventual segundo turno contra Bolsonaro estão os governadores João Doria (PSDB-SP) e Eduardo Leite (PSDB-RS), o apresentador Luciano Huck (sem partido) e o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM).


O ex-juiz Sergio Moro, no entanto, estaria fora da lista. “Não tem ambiente para Moro na política. Ele é uma unanimidade negativa, não conheço mais de dez políticos que o apoiem para ser candidato. Nem sei se ele teria uma legenda para se lançar. Isso é o resultado do conjunto da obra”, afirmou o governador do Maranhão.


Dino também defendeu uma união com o PDT de Ciro Gomes logo no primeiro turno da disputa eleitoral. “Ciro já foi ministro de Lula, eu não fui. Não é possível que desse casamento só sobraram mágoas, tem que ter algum vestígio de amor ali”, comentou.

Fonte: RevistaForum

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