sexta-feira, 31 de janeiro de 2020

Com aumento das denúncias, entidades cobram mais combate ao trabalho escravo

O Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo, celebrado em 28 de janeiro, foi marcado por denúncias de impunidade e aumento do trabalho análogo à escravidão.

A data, criada em homenagem aos Auditores-Fiscais do Trabalho Eratóstenes de Almeida Gonçalves, João Batista Lage e Nelson José da Silva, e ao motorista Aílton Pereira de Oliveira, assassinados em 2004, durante fiscalização na zona rural de Unaí (MG), teve eventos com participação de diversas instituições e entidades ligadas ao tema em todo o País.

Segundo dados do Radar da Subsecretaria de Inspeção do Trabalho (SIT) da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, em 111 dos 267 estabelecimentos fiscalizados no ano passado, houve a caracterização da existência dessa prática com 1.054 pessoas resgatadas em situações desse tipo.

O levantamento aponta ainda que, em 2019, o número de denúncias aumentou, totalizando 1.213 em todo o País, enquanto o ano anterior registrou 1.127.

Os dados foram apresentados durante o Encontro Nacional para Erradicação do Trabalho Escravo: Reforço de Parcerias Contributivas, realizado nesta terça (28) na Procuradoria-Geral do Trabalho, em Brasília.

Somente o Ministério Público do Trabalho (MPT) tem hoje 1,7 mil procedimentos de investigação dessa prática e de aliciamento e tráfico de trabalhadores em andamento.

Protesto - Este ano, a Chacina de Unaí, como ficou conhecido o crime que vitimou os quatro servidores federais, completa 16 anos com os mandantes e intermediários soltos.

O fato foi lembrado em ato público em frente ao prédio do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, localizado na Capital Federal, promovido pelo Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais do Trabalho (Sinait). A Corte julgará os recursos dos envolvidos que respondem em liberdade.
Mais informações: MPT e Sinait
Fonte: Agência Sindical

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