terça-feira, 6 de setembro de 2016

Apenas 24% das negociações salariais obtiveram ganhos reais desde janeiro

Na quinta-feira (1/9), o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômico (DIEESE) apresentou balanço de 304 negociações de salários realizadas nos últimos seis meses. O estudo comprovou que a crise política e econômica brasileira desfavoreceu os trabalhadores (as) que em sua maioria (39%) não conseguiram se quer repor a inflação medida pelo INPC-IBGE.

De acordo com o relatório, apenas 24% dos acordos obtiveram ganhos reais e 37% tiveram reajustes em valor igual à inflação. Segundo José Silvestre, coordenador de Relações Sindicais do DIEESE, após apresentar os números comentou o estudo, que em linhas gerais, os dados confirmaram o momento adverso pelo qual se deu as negociações coletivas no período.

“depois de mais de uma década em que a imensa maioria das categorias acompanhadas pela instituição conquistou ganhos reais, nos últimos meses os trabalhadores têm encontrado mais dificuldades em ampliar ou manter o poder aquisitivo dos seus salários. O quadro atual se assemelha muito ao observado na década de 1990 e começo dos anos 2000”, relatou Silvestre.

Nailton Francisco de Souza (Nailton Porreta), diretor Nacional de Comunicação da Nova Central participou e opinou em nome da central. Em sua avaliação o desânimo que paira o movimento sindical em decorrência da conjuntura “cruel” e a crise do “trabalho e emprego”, interferiu decisivamente e negativamente no poder de “barganha” na hora de se chegar ao entendimento com os patrões.

“Penso que o momento é de muita reflexão sobre nossas ações. Para o DIEESE o futuro é incerto, só que acredito muito na capacidade dos trabalhadores (as) e seus representantes na construção da unidade de forças para enfrentar e superar os estragos provocados pelo terremoto provocado pela crise que atingiu em cheio o mundo do trabalho”, destacou Nailton Porreta.

Disse que apesar das circunstâncias é otimista e esperançoso, e que a unidade das centrais sindicais, apontará para um futuro de muita unidade da classe trabalhadora e muitas mobilizações e greves, que serão necessárias para derrotar a pauta de retrocessos apresentadas por parlamentares e o Governo Federal, comprometidos com o capital nacional e internacional.

“A terceirização irrestrita, as reformas Trabalhistas e da Previdência Social, cortes de Programas Sociais, congelamento dos salários dos Servidores Públicos, servirá de combustível rumos aos inevitáveis enfrentamentos com o Governo e o Congresso Nacional”, alertou Nailton.

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