segunda-feira, 1 de março de 2021

Privatizar Correios deu errado em vários lugares do mundo, diz Findect

 A sanha privatista do governo Jair Bolsonaro não tem limites. Quarta (24), o mandatário entregou ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), proposta de privatização da Empresa de Correios e Telégrafos (ECT).


Segundo o governo, a proposta pretende ampliar o investimento no setor por meio da venda da empresa à iniciativa privada. Também prevê que o serviço postal universal pela União seja feito por meio de contratos de concessão.


O serviço postal universal é uma garantia constitucional no País. A ECT, como outras empresas públicas, tem papel social importante. Embora não devam necessariamente ser lucrativas, muitas delas dão retorno financeiro, como é o caso da estatal.


Lucro – A Findect (Federação Interestadual dos Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras dos Correios) fez um balanço dos últimos quatro anos e concluiu que a empresa registrou lucro líquido que ultrapassa R$ 2 bilhões de reais. Em Nota, a entidade denuncia: “Sem contar que o próprio governo rapou o caixa da empresa, levando R$ 6 bilhões a mais do que o que teria direito”.


Alcance – A estatal beneficia desde pequenas a grandes empresas com sua logística única. Não é só entrega de cartas e encomendas: o serviço inclui entrega de vacinas; livros escolares e mantimentos; exportação, importação e informação; emissão de documentos, logística do Enem, entre outros.


Reestatização – Os trabalhadores lembram de privatizações ao redor do mundo e que geraram controvérsias. “Mesmo com a maioria da população contrária, o governo Bolsonaro vai na contramão de muitos países, onde o serviço postal foi reestatizado por não ter dado certo a privatização da empresa”, alerta a Federação.


Mais – Acesse o site da Findect.

Fonte: Agência Sindical

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