A
Comissão de Trabalho da Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira (5),
requerimento do deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força,
para convidar o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, o ministro da
Fazenda, Guido Mantega, e o secretário-executivo do Conselho Curador do Fundo
de Garantia do Tempo de Serviço, Quenio Cerqueira França, para prestar
esclarecimentos sobre os rombos nas contas do FGTS.
O
requerimento tem a seguinte justificativa: "desde 1999, os trabalhadores
do Brasil vêm sofrendo diversas perdas no que se refere ao cálculo da correção
do FGTS, representando um percentual de 88,3%. Isso porque, a partir daquele
ano, a TR começou ser reduzida paulatinamente até estacionar no zero, em
setembro do ano passado, encolhendo também a remuneração do Fundo de Garantia –
corrigido por juro de 3% ao ano, mais a TR”.
Movimento
crescente
Para
Miguel Torres, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, da CNTM e
vice da Força Sindical, a denúncia está avançando.
"Essa
questão é muito grave e espero que o Congresso e a Justiça acolham e dêem
encaminhamento, porque o trabalhador não tem como saber se a correção aplicada
mensalmente às contas está correta ou não, então, é preciso ir fundo na
questão", afirma Miguel.
Dezenas
de sindicatos já ingressaram na Justiça com vistas a correção retroativa dessas
perdas, gerando ações que, somadas, podem se transformar no maior processo
judicial da história do País, em termos de pessoas e volumes movimentados.
Vale
ressaltar que, desde 1999, o FGTS dos trabalhadores brasileiros está sendo
corrigido de maneira errada. O confisco na correção nos últimos 14 anos chega a
88,3%. Só nos últimos dois anos, somam aproximadamente 11% de perda, na
correção.
“Em
2000, a inflação foi de 5,27% e o governo aplicou 2,09% nas contas; em 2005, a
inflação foi de 5,05% e aplicaram 2,83% nas contas; em 2009, a inflação foi de
4,11%, e as contas receberam apenas 0,7%. Desde setembro de 2012, a correção
das contas tem sido de 0%”, alerta Paulinho.
Projetos
na Câmara
Um
sem número de projetos sobre os recursos do FGTS estão em discussão na Câmara,
mas nenhum pede o reajuste adequado dos depósitos nas contas vinculadas dos
trabalhadores. (Com CNTM)
Fonte:
Diap
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