quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Entidades trabalhistas e patronais apresentam propostas para a retomada do desenvolvimento com geração de empregos

A Nova Central Sindical de Trabalhadores - NCST em conjunto com dirigentes sindicais integrantes da malha orgânica da entidade, participou, nesta terça-feira (12/09), de reunião das centrais sindicais CTB; Força Sindical; UGT; CSB e de representantes empresariais, para a entrega de propostas que visam a retomada do desenvolvimento com geração de empregos. A reunião ocorreu após uma prévia das entidades, no Clube do Golfe, em Brasília-DF, para os últimos acertos em relação às sugestões que foram posteriormente encaminhadas à Presidência da República.

Na esteira de diversas reuniões entre representantes patronais e da classe trabalhadora, ressaltou-se, na ocasião, a necessidade de, em plena crise, reforçar os pontos convergentes entre as entidades trabalhistas e patronais, de modo a assegurar a retomada de uma pauta positiva para o país.

A pauta conjunta entregue à Presidência da República, estabelece a retomada do crédito; das obras públicas paralisadas; da revisão de normas do seguro-desemprego; desburocratização da administração; recuperação de passivos fiscais; renovação da frota de veículos e maquinário industrial; construção de moradias populares; e promoção do entendimento entre os agentes de petróleo, gás e energia, visando o cumprimento das normas de conteúdo local de forma a destravar os investimentos do setor e gerar demanda para os segmentos nacionais que possuem capacidade de fornecimento com custos e prazos adequados.

O ministro chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha; o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles; o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira; o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira; o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, o presidente do BNDES, Paulo Rebello de Castro, bem como demais integrantes da equipe ministerial do governo participaram do encontro.

Reunião no Planalto
Na ocasião do evento, Paulo Skaff apresentou as linhas gerais das propostas encaminhadas e reafirmou a necessidade da retomada imediata de investimentos do estado como mecanismo central de estímulo ao crescimento. "Hoje, aqui, não há divergência entre nós. O que buscamos nessa oportunidade é essa união das centrais e das organizações empresariais em prol da retomada do emprego. Temos, hoje, a necessidade de administrar nossas divergências e reforçar essa necessária aliança em torno do desenvolvimento do país", destacou o presidente da FIESP, representante do segmento empresarial.

Os presidentes das centrais sindicais que assinaram o documento tiveram três minutos de intervenção durante o encontro.

O presidente da NCST, José Calixto Ramos, reforçou o apoio às propostas contidas no documento e destacou a necessidade de o governo trabalhar de forma equilibrada, apoiando trabalhadores e empresários, com medidas urgentes que façam com que volte a geração de empregos no País. "São cerca de 14 milhões de desempregados no Brasil. Se considerarmos que cada trabalhador ou trabalhadora tem sob sua responsabilidade mais três pessoas, teremos então 56 milhões de pessoas que não recebem nenhum tipo de salário no fim do mês, não têm poder de compra e, consequentemente, enfraquencem a economia em todas as suas áreas. Para mudar essa realidade, precisamos reativar setores importantes, como o da construção civil, com a retomada de obras públicas paradas, bem como novas moradias populares, trazendo de volta os milhares de trabalhadores da construção", avalia Calixto. O dirigente também ressaltou o aumento das parcelas do seguro desemprego, medida que afirmou ser "extremamente necessária" e que precisa ser avaliada pelo governo. "Aumentar essas parcelas do seguro desemprego, criando mecanismos pra que desempregado possa ter acesso a esse importante instrumento. Esse tipo de questão o governo pode resolver através do Fundo de Amparo ao Trabalhador", finalizou.

O presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil - CTB, Adilson Araújo, reafirmou a necessidade de um grande pacto nacional a partir de um melhor diálogo entre o governo com a sociedade civil organizada e as entidades representativas de trabalhadores e empreendedores do setor produtivo. "A agenda comum torna-se urgente diante da necessidade de combater o alto nível de desemprego que nos acomete. Essa abertura de diálogo mostra a disponibilidade das representações da classe trabalhadora em propor e colaborar com soluções práticas para a superação da crise que enfrentamos", afirmou o presidente da CTB.

Henrique Meirelles disse que ouviu com atenção as intervenções de todos os representantes. No entanto, reforçou a continuidade da política econômica do governo que, segundo ele, torna-se imprescindível para o controle inflacionário e a manutenção da tendência de queda nas taxas de juros para patamares "civilizados", dentro dos padrões internacionais. Durante o discurso, Meirelles afirmou que os indicadores econômicos apontam para uma recente "retomada do crescimento". O ministro aproveitou a ocasião para apresentar "resultados positivos" à partir do ajuste fiscal conduzido pelo governo. "O que precisamos é trabalhar e realizar um esforço conjunto para viabilizar um novo ciclo de desenvolvimento. Para isso, contamos o empenho de cada um de vocês para assegurar os pilares necessários para a superação dos desafios que se deparam", reforçou o ministro da Fazenda.

O presidente Temer encerrou o encontro firmando compromisso para a criação de uma comissão intersetorial para discutir, em conjunto com representantes sindicais; empresariais; do governo; do Senado e da Câmara dos Deputados, uma agenda positiva para o incremento do nível de emprego. Temer, tal como Meirelles, apresentou números daquilo que ele considera "ganhos econômicos" atribuídos à sua gestão. "Essa foi uma reunião de trabalho extremamente produtiva e consolida o início de um ciclo de novas reuniões para a viabilização desta comissão que irá debater soluções práticas no combate ao desemprego", concluiu o presidente.
Fonte: NCST

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