quinta-feira, 25 de julho de 2019

Se o governo não se apropriar dos 10%, reduz multa do FGTS para a empresa

“O governo tem muitos meios de tirar peso tributário das costas do setor produtivo. Neste momento em que o presidente Bolsonaro tenta mexer na multa de 40% que a empresa paga ao demitir, bastaria acabar com os 10% adicionais criados no governo Fernando Henrique, a fim de quitar perdas com o sequestro da Poupança por Fernando Collor de Mello”. Na verdade, hoje, a empresa paga 50%. Desses, 40% vão para o empregado e o governo fica com os 10% adicionais.

Recolha - A afirmação é de André Luís dos Santos, consultor do Diap - Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar. Segundo o assessor, os valores devidos em função do sequestro, por Collor, já foram completamente quitados em 2006. Ou seja, de lá pra cá, os governos recolhem sem razão esses 10% sobre o saldo do Fundo de Garantia de todo trabalhador dispensado.

A Agência Sindical ouviu sexta (19) o sindicalista Antonio de Sousa Ramalho, que preside o Sintracon-SP e representa os trabalhadores no Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço. Ramalho informa que o saldo total do Fundo, hoje, está em R$ 560 bilhões.

Portanto, caso abrisse mão da multa adicional de 10%, considerando-se, hipoteticamente, que todo o Fundo de Garantia viesse a ser sacado, o governo propiciaria às empresas uma economia de R$ 56 bilhões.

Mais informações: André Luís dos Santos (61) 98501.0322 - www.diap.org.br
Fonte: Agência Sindical

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