quarta-feira, 20 de junho de 2012

Vivo avalia entrar em geração com PCHs


"O grupo espanhol Telefônica, dono da Vivo, avalia investir em geração de energia no Brasil, o que poderia reduzir em 10%, pelo menos, os seus gastos com eletricidade. A construção de pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), provavelmente em parceria com outros grupos, é uma das alternativas analisadas pela operadora de telefonia, a maior do país.

Segundo NilmarSeccomandi David, gerente do departamento de gestão de energia da companhia, o projeto de autogeração está ainda fase de estudo e deve ser levado para aprovação da matriz dentro de dois meses.
A entrada nesse setor, contudo, não seria um investimento modesto. A construção de uma pequena central hidrelétrica pode custar até R$ 500 milhões, segundo estimativas do setor.

Possíveis restrições orçamentárias, especialmente nesse momento de incertezas econômicas por que passa a Espanha, podem levar a operadora a adiar o projeto. A Vivo terá ainda um novo desafio pela frente. O grupo espanhol fará grandes investimentos em tecnologia 4G no Brasil, à qual deve dedicar boa parte de seus esforços.

As pesadas despesas com energia elétrica, porém, são um problema para as empresas instaladas no Brasil e que vem se agravando. Uma economia nessa linha de custos traria ganhos significativos para a rentabilidade do grupo.
"A energia está entre os três maiores custos da Telefônica (no mundo)", disse David. A multinacional gasta cerca de € 1,5 bilhão por ano com eletricidade.

Para o projeto de geração, a operadora de telefonia inspirou-se no modelo adotado por outros grupos, como a Votorantim e a Volkswagen, que são grandes consumidores e também atuam na geração de energia no Brasil.
A Telefônica consome 118 megawatts médios no país, que são utilizados em grande parte pelos equipamentos de telecomunicações e torres de transmissão, espalhadas por todo território nacional, e pelos condicionadores de ar para manutenção dos aparelhos.
Fonte: Valor


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